As acusações de alienação parental (AP) têm sido associadas à separação conjugal, marcada comumente por intensas disputas judiciais sobre a guarda dos filhos.
Atualmente, contudo, parecem se tornar cada vez mais comuns acusações ou ameaças de AP ainda durante o casamento. No início de um novo ano, período em que são comuns resoluções sobre projetos pessoais, noto os anseios e temores de muitas mulheres que vivem relacionamentos abusivos e decidiram finalmente se separar, ou ainda, que estão refletindo seriamente sobre o assunto. Essas mulheres vêm sendo ameaçadas de forma velada ou explícita por seus companheiros de que, se houver uma separação, elas ficarão sem os filhos, ou ainda, irão acusá-las de AP e, assim, elas perderão a guarda.
Tenho recebido pedidos de orientação por algumas mães, que se vêm perdidas, acossadas por companheiros abusivos. Além de se munir de informações no âmbito da psicologia jurídica e também do Direito Família, é fundamental que essas mães se fortaleçam, busquem redes de apoio, pois é notório o quanto se sentem sozinhas e fragilizadas frente aos abusos, à violência psicológica e às manipulações que sofreram durante anos, muitas vezes preocupadas com as repercussões do divórcio para seus filhos. Assim, para lidar com essas e outras questões, mais uma vez, é fundamental a orientação profissional.