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Quem é o padrasto paralelamente ao pai biológico?

Um crítico? Um amigo? O homem que vive com a minha mãe? Meu pai? Quem assume a responsabilidade da vida da criança? Quem estabelece as regras?

 

Ao ampliarmos as lentes sobre as relações no pós-divórcio, observamos a entrada de novos personagens. Um deles é o “namorado da mamãe” ou padrasto.

Nesses casos, não há papéis bem definidos. Vejamos: o padrasto não sabe ao certo o que é preciso para ser bem sucedido; a criança, por sua vez, vai ter que lidar com a chegada de um desconhecido na sua família.

“Nenhum dos dois desafios é fácil. Ambos estão cheios de potencial para mal-entendidos e tristeza, assim como para um profundo apoio emocional e amor leal.”

“Se uma criança mantém um relacionamento próximo com o pai biológico, não há nenhum papel pronto para um padrasto, nenhuma tradição à recorrer, nenhum roteiro.” (…)

“Tempo, paciência e persistência são componentes fundamentais para se tornar um padrasto bem-sucedido e criar uma família de novo casamento feliz. Boas intenções são importantes, porém, isso é apenas um mero começo. Construir um laço íntimo com uma criança leva tempo (…)

(Trechos do livro “Filhos do divórcio”, de Wallerstein, Lewis e Blakeslee – Ed. Loyola, 2002).

 

Certamente, nesse pequeno texto, não abarcamos a multiplicidade de situações que envolvem a chegada do “namorado da mamãe” (vide post anterior) ou padrasto e suas repercussões. A questão que se coloca é, muitas vezes, há aspectos sutis no jogo das relações familiares que passam desapercebidos, mas que podem alimentar desavenças, afastamentos e rupturas. O trabalho profissional de orientação, aconselhamento ou psicoterapia é uma importante ferramenta na promoção de relações mais funcionais no pós-divórcio.

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