Encontra-se nas redes sociais propaganda de “psicologia forense” que se utiliza de promessas de ganhos financeiros vultosos para os interessados. Para isso, estes sequer necessitariam de experiência e formação específica na área, dá a entender o anúncio. Normalmente, esse tipo de propaganda atrai profissionais que estão fora do mercado de trabalho há algum tempo, assim como estudantes de graduação e recém formados em Psicologia que buscam construir uma carreira.
Como especialista, docente, pesquisadora na área da Psicologia Jurídica, considero imprudente esse tipo de propaganda, uma vez que passa visão enganosa sobre as práticas psicológicas e viola o Artigo 20 do Código de Ética Profissional do Psicólogo.
É fundamental que os Conselhos Regionais de Psicologia, responsáveis por fiscalizar, orientar e disciplinar o exercício da profissão, estejam atentos a tipo de propaganda falaciosa nas redes sociais e que profissionais e estudantes de Psicologia busquem por uma formação sólida e realista, que respeite a ética profissional, favorecendo, assim, o reconhecimento e a valorização da nossa profissão pela sociedade.
Ps.: as reflexões expostas surgem de discussões com @psifernandaherminia, grande parceira em trabalhos no campo da Psicologia Social Jurídica.
