As situações de intenso conflito familiar que chegam às/aos profissionais da Psicologia, do Direito e do Serviço Social, sem dúvida, mobilizam a vontade de “ajudar” e também de proteger a criança, supostamente vitimada por genitores qualificados, por vezes, como egoístas, malvados, agressores, abusadores, alienadores etc.
Contudo, no ímpeto de “ajudar”, rapidamente são aplicados rótulos aos genitores, à criança, às relações e à família, que os engessam em padrões e perfis genéricos, superficiais e estereotipados que, efetivamente, não auxiliam os sujeitos na resolução de seus impasses.
Como algumas famílias, que parecem viver em estado de guerra, não se enquadram tão facilmente nesses rótulos e “fórmulas mágicas” que pretendem “pacificá-las”, muitos profissionais se sentem impotentes e descrentes sobre o seu fazer ou suas reais contribuições para “resolver o problema”, ou ainda, pressionados a responder as expectativas seja dos genitores em disputa seja do magistrado que solicita um estudo do caso.
É possível lançarmos mão de outros entendimentos e modos de fazer que não aprisionem famílias e profissionais em estereótipos ou reducionismos teóricos/técnicos?
Para abordarmos essas questões e outras possibilidades de intervenção junto às famílias em intensas disputas judiciais, teremos dia 08 de julho o V Encontro do Grupo de Estudos Avançados em Psicologia Jurídica, na perspectiva social crítica.