Atuando como profissional e estudiosa das práticas psicológicas na interface com a justiça, noto que nas intervenções com famílias que vivenciam intensos conflitos, cada vez mais nomeados como alienação parental, por exemplo, o foco das lentes é colocado estritamente sobre o indivíduo.
Buscando ampliar as análises a partir de uma perspectiva social crítica e interdisciplinar, temos compartilhado reflexões e intervenções com profissionais interessados no assunto. Muitos, na prática, já perceberam que esse olhar que individualiza, por vezes, acompanhado da aplicação de técnicas e manuais, tidos como infalíveis ou inovações no judiciário, não permitem acolher as famílias em suas problemáticas e modos de funcionamento singulares.