É muito comum entre profissionais que trabalham com famílias judicializadas o anseio por ajudar, corrigir ou mesmo ensiná-las o modo supostamente “certo” ou “correto” de se relacionarem, se comunicarem e viverem, por exemplo. Nessas situações, se por um lado, a família é despossuída de seu saber e recursos internos, por outro, o profissional se coloca em um lugar de saber-poder, ou seja, um lugar hierárquico, disciplinar e moralizante, por vezes.
É possível rompermos com tais práticas normalizantes e empreendermos intervenções dialógicas que não hierarquizem, silenciem, culpabilizem e/ou patologizem as famílias judicializadas?