Minha pesquisa de mestrado, junto ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ (2009), sobre o tema síndrome da alienação parental, foi publicada pela Editora Cortez em 2010. O livro mostra como essa suposta síndrome foi criada nos EUA e posteriormente difundida no Brasil, dando origem em 2010 à Lei n. 12.318 sobre alienação parental. Ampliando essas discussões na pesquisa do doutorado, também junto àquele Programa de Pós-Graduação (2014), demonstro, em diálogo com a Criminologia Crítica, proximidades entre os temas alienação parental, bullying e assédio moral, que igualmente se difundiram no país permeados por demandas punitivas e discursos psicológicos. Essa pesquisa foi publicada em 2015 pela Juruá Editora.
Cortez Editora (2010)
A leitura do texto de Analicia Martins de Sousa se faz obrigatória para profissionais da Psicologia, do Serviço Social, do Direito, da Psiquiatria, nos alertando para a urgente necessidade da constante atenção e ampliação da visão acerca das questões concretas trazidas pelos sujeitos que estão vivenciando rompimento de vínculos e impasses em relação à guarda dos filhos, inserindo-as no contexto de sua construção sociocultural. O que exige o necessário investimento no trabalho interdisciplinar e em pesquisas com base na realidade objetiva e subjetiva das famílias brasileiras nessa condição, atendidas pelo aparato jurídico.
(Prefácio de Eunice Teresinha Fávero – Assistente Social do Tribunal de Justiça de São Paulo)
Juruá Editora (2015)
Esse importante livro de Analícia Martins de Sousa preenche um vazio acadêmico na literatura crítica sobre os novos dispositivos de controle social: a alienação parental, o bullying e o assédio moral. Ela vai demonstrar como esses três dispositivos surgem em contextos diferentes – família, escola e trabalho – numa perspectiva mais ampla de invasividade e capilaridade dos controles sobre os modos de vida: vida medicalizada e judicializada. A demanda subjetiva por controle penal impulsiona uma expansão sem limites do poder punitivo. A pergunta que ecoa no trabalho da autora é dirigida à psicologia: a que está sendo convocada a psicologia na torturante contemporaneidade?
(Prefácio de Vera Malaguti Batista – Professora de Criminologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro)